domingo, 9 de outubro de 2011

Velho Companheiro

Certo dia, enquanto andava pelas ruas senti saudade de um velho amigo, que sempre me mostrava lindas paisagens.

Me concentrei em sua memoria e desejei sua presença, como resposta senti uma forte brisa,  quando dei por mim estava sobre seu grande dorso. Posicionei minhas mãos sobre suas grossas escamas purpura, muito mais brilhantes do que me lembrava, e então saltamos do alto do penhasco para um de nosso voos.

Sua cauda havia mudado de cor desde o ultimo encontro, negra na ponta passando por um forte azul, mas suas asas continuavam em um vermelho vibrante como sempre.

Eu sabia que ele também sentira minha falta, agora nós estávamos maiores, e ele muito mais bonito e imponte. Nada dissemos um ao outro, mas sabíamos para onde ir.

Perto do lago, onde a floresta acabava, nos voamos em direção ao horizonte, naquele belo por do sol.

Impossível descrever a sensação, tanto por si só, quando ao fato de me remontar aos dias muitos antigos em minha contagem de tempo.

A nossa amizade, nosso tempo juntos, a linda paisagem, a completa nostalgia, e todo o tempo em que ficamos separados.
Apos o voo, nós sentamos a margem oposta do velho lago, olhei em seus olhos e um sorriso com lagrimas se formou em nossas faces.

Antes que pudesse me despedir, abri os olhos e voltei a minha realidade.

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