segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Me expondo

Há algum tempo venho me sentindo mais a vontade para poder falar coisas que só eu sei sobre mim.
Talvez eu realmente esteja amolecendo, e me deixando levar por um amor que nunca achei que estaria ao meu alcance. Coisas muito antigas e que sempre foram soterradas em mim, aos poucos emergem me deixando bem mais leve.

Parece que nunca vou parar de me surpreender com Ele, incrível como Ele consegui ir tão fundo como jamais achei que fosse possível. O simples fato de me escutar e me deixar confortável em seus braços, me fez sentir segurança.

Mas ainda tenho medo, segurança e auto-estima sempre me pareceram palavras ruins, é mais fácil não se decepcionar quando você se enxerga como verdadeiramente é, eu jamais posso esquecer que apesar de querer nunca deixarei de ser o nada que sempre fui, não posso me perder em ilusões e achar que posso chegar em algum lugar, pois nunca terei condições de ser alguém.

Paginas de um velho diario

" 6 de Setembro de 2005

São 5h da manhã eu não dormi nada essa noite, minha mãe já acordou para o trabalho e está se arrumando, ontem eu acordei as 6h para escrever o diário.então vamos la, sobre ontem:

5 de setembro de 2005

Acordei, escrevi no diário e fiquei esperando minha mãe sair, as 7h meu padrasto veio me chamar e fui para o quarto dele, ele começou a fazer o de sempre e enquanto ele estava sobre mim eu imaginei como seria ter um monte de amigos, e até um namorado. Será que alguém um dia vai gostar de mim? Seria legal ter amigos.

Quando ele acabou e me deixou ir já eram quase 10h e eu tinha que me arrumar para a escola, fui tomar banho e fique uns 40min chorando debaixo da água. Fui para o quarto e vesti meu uniforme, quase esqueci minha blusa extra. fui almoçar o maldito miojo de bacon, acho que só mais um mês e ele acaba.

Cheguei na escola e ainda faltavam 20min pra aula começar, tinha planejado estudar na sala neste tempo, mas os meninos jogaram ketchup e maionese em mim de novo,(antes era só no intervalo, isso já está ficando chato) fui ao banheiro me limpar e as meninas saíram assim que entrei, enquanto me limpava percebi que tinham pinchado coisas sobre mim no banheiro, tive vontade de matar todos batendo as cabeças no chão.
No intervalo pegaram meu caderno e rasgaram ele todo, ainda bem que não costumo anotar muita coisa mesmo, jogaram mais maionese e papel higiênico molhado, ainda bem que não tinha trocado a camisa no inicio da aula.

Já na saída ficaram gritando como eu era feia, gorda e tentaram puxar meu cabelo, a professora de ciências não deixou, gosto muito dela, ela me disse que eu não deveria ligar para o que eles dizem, mas falar isso é fácil né. Eu tenho vontade de brigar com todos, mas se minha mãe tiver que faltar em um dos empregos pra ir  na escola eu vou estar muito ferrada, e ela muito brava.

Voltei para casa fui comer, minha mãe me ligou enquanto saía da farmácia e ia dar aula, me disse que tinha que arrumar a casa, meu padrasto me levou para o quarto de novo e quando sai já era 22h corri para arrumar a casa, mas onde eu limpava ele sujava atras, só para me atrapalhar.

Minha mae chegou quase meia noite e ficou extremamente brava porque a casa não estava arrumada do jeito que ela pediu, ela me bateu muito, meu corpo fica mais marcado e roxo a cada dia, os cortes que eu fiz somem rápido, mas os roxos da minha mãe duram muito. Depois que ela me bateu eu fui tomar um banho antes de dormir, ela me tirou do banho porque eu demorei muito, eu estava chorando de novo, odeio quando me veem chorando, ela me bateu mais poque disse que sou muito inútil e fresca.
Fui dormir, mas igual aos outro dias quase não dormi, alias essa noite não dormi nada, fiquei só chorando calada, eu não consigo dormir, mas meu corpo doí muito, minha cabeça não para de doer nunca, escuto os gritos dos meninos da escola, da minha mãe e do meu padrasto na minha cabeça, uma daquelas vozes continua a me dizer que eu não sou nada, que ninguém me quer, que ninguém nunca vai me amar.
me sinto tão criança reclamando de estar sozinha, será que isso vai passar? Queria muito morrer logo, alias já tem alguns dias que venho pensando nisso. "

Achei meu antigo diário hoje, decidi digitar a pagina de 6 anos atras. Eu ainda odeio que me vejam chorando, por mais que seja inevitável.

domingo, 4 de setembro de 2011

Armadura

Por vezes já me defini como uma pessoa que não esconde o que realmente é com medo de ser julgada, mas no fim a unica diferença é que a minha armadura é enfeitada.
Sou só mais uma atriz interpretando para a vida.
O que chego a mostrar para as pessoas é o que eu quero que elas achem que realmente sou, ou que querem que eu seja.
No fim sou ainda pior do que todos que julgo, pois sou a mais hipócrita.
Protegida neste escudo minto pra mim mesma e tento me anular.
No fim a unica falsa, a unica a ser enganada sou eu.
Minha diferença é que minto sobre coisas que parecem banais, e só falo o que acho sob outro nome.
Já me chamaram de forte, já me disseram que eu era melhor que isso tudo, que eu enfrentei tudo com um sorriso.
Enquanto na verdade eu escolhi a ação mais covarde de todas, eu corri.
Nunca enfrentei meus problemas, nunca superei nada, simplesmente os ignorei  disse para mim que tudo estava bem, como faço ainda hoje.

O refugio que nunca se abala, só não é afetado em sua mascara.

sábado, 3 de setembro de 2011

Unfurl


Vôo Frio

As musicas se tornam apenas ecos distantes, todas as luzes se afastam, e volto a ver aquele eclipse de um sol frio e apático.

deitada sob a árvore desfolhada ela respira a brisa fria de lugar nenhum.
Não há nada alem do vento gelado, o sol encoberto, a árvore nua e ela em seu o corpo esfumaçado,

Como um desenho, palavras são grafadas no nada, os farrapos que cobrem a pele se esvaem assim como seus dedos e traços, ela sente falta das asas, e com o olhar fixo no nada simplesmente deixa o vento soprar, sumindo como névoa é esquecida.
Agora que não há mais corpo, a consciência voa em busca de respostas.
Ela voa procurando suas asas só não percebe que não precisa mais delas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

'Realidade' e 'Fantasia'

Frequentemente me perco entre o que é 'real' e os meus devaneios

Ao acordar tenho que fazer uma lista mental de tudo que é real ou fantasia, pois já cheguei a acordar acreditando em mais uma de minhas historias.

O linear que separa o 'real' e minhas viagens são sempre muito turvos e sutis, alem do que, eu ainda não consigo nem mesmo definir o que seria o real e as aventuras da minha mente,  quem pode me garantir que realmente não vivo essas imaginaçoes em dimensoes paralelas? E quem pode me garantir que tudo que vejo e sinto neste mundo é mesmo real? Até onde sei este mundo poderia ser a tal Matrix ou algo similar.

E se eu realmente viajasse para outros mundos? E se eu realmente vi tudo que tenho sonhado?
E se as vozes que escuto não forem só manifestações da minha personalidade? não forem só meu subconsciente?

Perguntas que me afogam sempre que volto a tentar definir o 'real' da 'fantasia'.

Então tomo por verdade o que é de senso comum, ao menos por hora, considero o que a maior parte da sociedade toma por real, e as fantasias são o que só existem em minha mente, livros, musicas e contos. Apesar de saber que alguns poucos também ja foram aos mundos que são meu abrigo há muito tempo.

talvez quando as pessoas me chamam de louca ou doida, elas tenha razão

Ou  talvez eu só sonhe demais...

de 15/08/2011

[UPDATE]: Acho que o tempo de ser criança já passou e eu deveria me livrar dessas alucinações...

Voices in my head


In the dark, they come together, about four or five at a time, though you never know how many there are in total.

Their bodies and faces are hidden by the mist and the dark, just listening to voices, over time, by observing several meetings, one realizes that every voice has a unique and very distinct personality, no voice has a name which makes it difficult to separate them.

They are not always allies or enemies, but only unite for the sake of defending points of view specific to each situation. Sometimes in a single voice as they dictate the same order repeatedly, other times they are struggling to controversial opinions, but it sure makes me mad.
Sometimes they help me, others only serve to make matters worse.

I call them aware


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No escuro, eles se reunem, cerca de quatro ou cinco por vez, embora nunca se saiba quantos existem realmente.

Seus corpos e rostos são escondidos pela nevoa e o escuro, apenas ouve-se vozes, com o tempo, ao observar várias reuniões, pode se perceber que cada voz tem uma personalidade unica e bem distinta, nenhuma tem nome o que torna mais difícil separa-las.

Elas  nem sempre são aliadas ou inimigas, mas só se unem em prol de defender pontos de vista específicos a cada situação. As vezes como em uma unica voz ditam uma mesma ordem repetidamente, outras se digladiam em opiniões controversas, mas é certo que me enlouquecem.
As vezes me ajudam, outras só servem para piorar tudo.

Eu as chamo de consciência 

* Como está é minha primeira postagem em inglês, gostaria de me desculpar previamente por qualquer erro eu tenha cometido.  

de: 11/08/2011

A contadora de historias

Ela adora  contar uma boa historia, ela adora ver os olhares atentos e não se importa em repetir inúmeras vezes os mesmos contos, sejam eles longos ou curtos, bons ou ruins.

Para ela as histórias boas se tornam cada vez mais reais, e ela revive cada palavra, pois os bons contos sempre são histórias reais e vividos por ela. Já as histórias tristes e melancólicas, sempre que repetidas, cada vez mais, se tornam contos de terceiros, coisas que ela nunca viveu ou sentiu.

Mas uma coisa se sabe, que ela ja viveu mil vidas em sua mente, que através dos contos, os verídicos ou não, ela conheceu mundos, seres, pessoas e sensações que qualquer um jamais saberá se simplesmente olhar seus olhos.

de: 09/08/2011

Desculpas

Gostaria de pedir desculpas aos leitores do blog, já faz mais de um mês desde a ultima postagem.

O motivo foi um problema que estava tendo com o Blogger, pois ao postar só aparecia o titulo e nada do corpo da postagem =/

Agora o problema foi resolvido, e em breve postarei mais textos

obrigada ^^

Andrômeda...

Ele se foi

 Por mais de 10 anos ele foi parte do que vivi, infelizmente hoje não nos comunicamos mais. Talvez no futuro fale das circunstancias e de co...