quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Down

Tenho medo de contaminar as pessoas, com essas especie de parasita emocional que carrego.

Tenho medo de afastar aqueles que me conheceram enquanto eu sorria e espelhava a felicidade a minha volta. Agora que meu brilho acabou sou só mais um vidro sujo, que transparece infortúnio e decepção.

Já não sou boa companhia, já não sirvo pra animar ou motivar ninguém.

Porque esse sorriso falso não é pra sempre, porque eu não sirvo nem pra fingir ser feliz.

Fracasso

Eu já nem sei como começo. Tudo é sempre o mesmo, e não importa de quantas maneiras diferentes eu tente, no fim é igual, e eu já deveria estar acostumada.
O fracasso me cerca, e meu otimismo parece não me levantar mais.
Recentemente já duvido da minha capacidade pra ajudar os que me cercam quando precisam de mim.
Não importa o quão fundo eu esteja, sempre dá pra cair mais.

E aqueles que eu quero bem, quanto mais próximos mais prejudicados pelos meus erros. E a Ele que sempre me dedico só tenho trago infortúnio, quanto mais tento ajuda-lo, mais puxo pra baixo comigo.
Duvido da minha capacidade de ser uma boa companheira, afinal já sou um fracasso de filha, aluna, profissional, amiga e pessoa. Não me surpreende que as coisas só piorem. Realização não é uma realidade pra mim. As coisas estavam menos ruins quando eu estava presa em meus sonhos em minhas fantasias, eu ao menos estou acostumada com meus monstros.

Tudo bem se nada der certo pra mim, eu só não quero é que minha presença afaste a felicidade de quem amo.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eu

Mais uma vez aquela dor estranha, melancolia, dias com um nó na garganta, e eu nem ao menos sei o porque da minha vontade de chorar.
Mais um grito abafado pela fumaça de outro cigarro. Eu deveria parar com isso, penso mais uma vez enquanto encho meus pulmões.
Se torna comum o fato de substituir um vicio por outro, um erro por mais um erro.

As noites mal dormidas, cheias de medo e culpa, um pouco mais de base pra esconder as olheiras. Um sorriso nitidamente falso, uma ultima tentativa de me esconder. Ilusões que me perseguem durante o dia, e me machucam a noite, pesadelos reais e sonhos inalcançáveis.

Vejo meu reflexo no espelho, uma imagem deformada, tão diferente do que ouço sobre mim, quem está certo? Quem é aquela que dizem que sou? Eu não a conheço, eu não sou o que pensam.

E no chuveiro, longe de olhares alheios eu me liberto, no vapor da água que cobre o meu corpo, minhas lagrimas são imperceptíveis, grito em silencio, ouvindo meus demônios.

Insana a maneira como sofro, risos de dor, cortes, lagrimas e alivio, gritos abafados e um prazer indescritível. O prazer de ser quem sou, prazer de me libertar da mascara que me acorrenta, como um momento pode significar tanto? um momento de dor, prazer, insanidade e liberdade, onde ninguém pode me julgar pelo que sou.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Relance do passado

E as vezes quando eu paro e olho para o nada, o passado me chama e me lembra que eu nem mesmo deveria estar aqui, como uma canção de ninar, sons da minha infância me invocam aos acontecimentos que eu queria poder esquecer, versos cantados na mais doce das melodias falam sobre dor, nojo, odio e pavor.
Já se sentiu um copo plastico?
Já se sentiu usado e descartado?

Mas isso é passado, não é como se ainda me incomodasse, incomoda, pois as marcas ainda ecoam em mim.

Objetivos

 Sinto como se meus ideais estivessem a milhas de distancia, e por mais que eu me apresse eles nunca ficam mais perto. Quanto mais me esforço, maior descubro que é o caminho.
 Até que olho para mim mesma e percebo que estou correndo no mesmo lugar. Parece que n consigo manter tudo, melhoro em um lado para esquecer os avanços em outro.
 E penso se será sempre assim, quero meus objetivos mas não vejo caminho até eles.

Ele se foi

 Por mais de 10 anos ele foi parte do que vivi, infelizmente hoje não nos comunicamos mais. Talvez no futuro fale das circunstancias e de co...