domingo, 14 de janeiro de 2018

Não é vida o suficiente. Não é morte o suficiente.

O gosto do álcool empurrando o lítio pra dentro, sensação que me lembra o toque frio do vidro que me separa da realidade. Aquela necessidade novamente, a urgência em me sentir viva, a violência, medo e dor são os primeiros que busco. Paro um momento pra me questionar o por quê, me sinto mal, culpada por ceder ao impulso de me ferir, testar se ainda sai uma lagrima junto com o sangue. "Uma unha" só uma, eu barganho, que mal pode haver?
Só uma, e outra, e mais dois copos de vodka, um cigarro, outra unha, um corte, outro copo, um antidepressivo velho, mais um, outro corte, outra unha, e no fim a pergunta

Porque ainda estou aqui?

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